Uma das coisas que chamam a minha atenção em S. Tomé é como as mães lidam com os seus filhos pequenos. Não estou a dizer que não concordo com a forma como elas vivem a sua maternidade...até porque não conheço nenhuma pessoalmente para me pronunciar. Apenas me vou pronunciar pelo que o meu cérebro assimila visualmente.
Tenho a sensação que até aos 2 anos...às vezes talvez um pouco mais...os miúdos são carregados às costas. A partir do momento que saem das costas das mães o Mundo começa a ser deles. Eu que tenho uma filha de 19 meses, faz-me confusão ver crianças com 3 anos a irem e virem sozinhas para a escola na beira da estrada. Enquanto as mães lavam a roupa ou estão a fazer outra coisa qualquer perto da água...seja rio ou mar...as crianças brincam sem pudores na água...e especialmente...sem vigilância!!! Claro que as mães estão por perto...mas nem sempre estão a olhar!!
Sou Stressada?! Talvez seja...porque estas pessoas são bem mais felizes com esta forma simples de estar e viver. Eu, quando vamos a locais com água, sou incapaz de tirar os olhos das minhas filhas. Claro que a mais crescida já sabe nadar e já consigo relaxar por um bocado, mas a mais pequena, mesmo munida de bóia de bebé, abraçadeiras e colete de salvação, nunca é demais estar sempre debaixo de olho!!!
Eu assumo que sou mãe galinha, mas já vou conseguindo relaxar de vez em quando. O carregar o filho às costas deve realmente dar muito jeito porque as pessoas ficam com os braços livres para poderem fazer outras coisas. Nós temos os cangurus que substituem estes panos africanos que se usam por aqui. Quase todos os bebés que vejo às costas vão a dormir ou quietos e calados...para ser sincera dos quase 4 meses que por cá ando, acho que nunca vi nem ouvi nenhuma birra da parte destas crianças pequenas....mas para mim, continua a faltar o contacto visual. Se andasse com o meu filho sempre às costas nunca o via. Tenho quase a certeza que é egoísmo e ignorância da minha parte pensar dessa forma. Eles vão tão calmos e serenos às costas da mãe!! Mas enfim...eu devo ser uma mistura de mãe galinha com canguru..porque as minhas têm de andar sempre à minha frente para eu as ver bem e as poder socorrer ao mínimo descuido.
Se por cá continuar durante muito tempo, pode ser que comece a ter outra versão dos factos...e aí vou de certeza actualizar a minha informação.
*Informo que as fotos que acompanham o texto foram retiradas da internet mas todas elas são da realidade de S. Tomé
