quarta-feira, 21 de maio de 2014

Adeus Marrakech...

Deixei para o fim 2 dos locais mais emblemáticos de Marrakech: a Medina e o Kasbah.
Vou começar pelo Kasbah e devo dizer que na minha humilde opinião, gostei muito mais do que da Medina. Mais calmo, mais familiar e adorei almoçar dentro daquelas muralhas...mas nada como mostrar:

A entrada no Kasbah:

Uma das lojas onde me perdi com artigos naturais para tudo e mais alguma coisa....sim...para esse problema também há remédio, hehehe

Havia terraços destes por todo o lado...espectacular!!!


Uma das mesquitas onde a entrada só é permitida a muçulmanos. Mosquée de la Kasbah



Adorei este restaurante com vista para as cegonhas...pedimos uma tajine de frango, uma salada marroquina e uma brochette de viande....simplesmente divinal....aconselho vivamente!!!


 Vista do restaurante


Vista do restaurante


Dentro do restaurante. Como podem ver nesta foto, e para quem me conhece bem, sabe que não uso maquilhagem no dia a dia se não estiver a trabalhar, mas na loja de produtos naturais a Sra que nos atendeu, fez questão de me maquilhar como se eu fosse marroquina...foi divertido!!!


Acho que pelas fotos que apresentei dá para ver como o Kasbah é um local agradável para se visitar. Todos são simpáticos e amistosos e é agradável ir lá para uma refeição típica e tranquila.
A Medina e a famosa praça Jemaâ-el-Fna deixamos para o final da viagem. Apanhamos uns dias de muito calor, e até mesmo os taxistas nos diziam que só depois das 18 horas se conseguia andar por lá. Também quisemos experimentar um dos muitos restaurantes da praça para jantar, mas não correu tão bem como no Kasbah. Acredito que tenhamos tido azar. Havia gente por todo o lado, os cafés/restaurantes estavam super cheios, mas a comida não era grande coisa....mas vale a pena só pelo ambiente, mesmo que não se coma nada. Podem só ir beber um chá de menta ou até mesmo um sumo de laranja na praça.
Confesso que foi o único sitio em Marrakech que senti uma certa insegurança. Não que tivesse visto algo de anormal, mas a quantidade de pessoas chega a ser assustadora. Chegamos por volta das 18:30, ainda de dia, e aproveitamos para ir fazer umas compras na medina. É um autêntico labirinto, quando damos por nós estamos em becos sem saída...o que também assusta um pouco...mas pelo que percebi, os vendedores estão muito habituados a essas situações, divertem-se um pouco, e acabam por indicar o caminho. Convém ter cuidado com as malas e carteiras, nunca se sabe quem passa por nós...apesar de ter sido informada que há policias à paisana por todo o lado, são às centenas, mas como o seguro morreu de velho...mais vale ter cuidado!!
As fotos que vou apresentar são do ambiente em si e não de alguma coisa em concreto....para qualquer lado que se olhe, pedem dinheiro, chega mesmo a ser um exagero....para não arranjar confusão...não arrisquei a estar a "disparar" flashes na direcção de ninguém em especial...
Na praça vê-se um pouco de tudo além das laranjas que há por todo o lado :) desde homens com cobras, mulheres a ler a sorte, teatros de rua, e vende-se de tudo um pouco....o que gostei mais foi dos frutos secos....adoro...e havia muitos e bons...
Aqui vai:






O interior do Restaurante onde jantamos


 A vista sobre a praça



Nota-se pela foto a magia que ali reside nas cores e cheiros presentes




 O Restaurante onde jantamos, vista exterior


A confusão de pessoas aumenta com o cair da noite


Esta senhora por mais voltas que eu dava...topava-me sempre....heheh



O regresso ao Hotel no último dia foi feito de mota....1 aventura que a Leonor tão cedo não vai esquecer..."Isto é o máximo" gritava ela todo o caminho...heheh

E assim acabou a nossa aventura por Marrakech, espero que tenha convencido alguém com o meu discurso a vir até Marrocos....e podem sempre fazer uma paragem em Casablanca :)

Ainda por Marrakech...

E a aventura continua....a seguir ao jardin Majorelle seguimos viagem para o Pavillon de la Menara.
Ao contrário do famoso jardim de Yves Saint Laurent, o Pavillon está bastante degradado com o passar do tempo reflectido nas suas fachadas!! A entrada que dá acesso ao único edifício existente, é grandiosa e nada fazia prever a degradação que ia-mos encontrar...no entanto...vale sempre a pena conhecer.
Pavillon foi mandado construir pelo soberano alauíta Moulay Abd er Rahman em 1866 com o objectivo de vigiar os quatro cantos do horizonte.

A estrada pedonal de acesso ao Pavillon:






Outro local que gostamos de visitar foi os Túmulos Saadianos (Tombeaux Saâdiens) situados no Kasbah.
Foram descobertos em 1917 depois de terem sido esquecidos durante 3 séculos por detrás da alta muralha. Os mausoléus dos soberanos Sádidas (sec. XVI) "dormitam" num jardim florido e tranquilo,onde em cada recanto encontramos um gatinho à espreita!!!







 À saída fomos presenteados com a famosa figura do aguadeiro (Guerrab)...claro que tivemos que registar o momento, e pagar 10 Dirhams...se não quiserem pagar, não convém andar a fotografar em todas as direcções!!!

No próximo e último post irei falar da Medina e Kasbah...

terça-feira, 20 de maio de 2014

Às Voltas por Marrakech...

Uma das primeiras coisas que tivemos de fazer para entusiasmar a filhota para os passeios foi andar de camelo. Foi muito engraçado para os três. Aqui podem escolher o tipo de passeio que querem fazer. No nosso caso, andamos por uma zona chamada "La Palmeraie" durante 30 minutos. O sol já estava alto e não se aguentava estar por ali durante muito tempo. Nesta zona passamos por resorts de luxo com grandes campos de Golf, e até mesmo casas enormes de pessoas ricas e famosas.

 As nossas duas camelas: A Fátima e a outra (nunca conseguimos perceber o nome)



De seguida fomos para o famoso "Jardin Majorelle". Um verdadeiro jardim de Éden onde encontramos várias espécies de flores, palmeiras, laranjeiras, roseiras, bambús, nenúfares, entre muitas outras. Este jardim foi mandado construir pelo pintor Jacques Majorelle (1886-1962) nos anos 20. Actualmente é propriedade de Pierre Bergé e Yves Saint Laurent. Vale a pena a visita. Tem um ambiente muito descontraído que convida além do passeio no meio dos arbustros verdes e vasos azuis, a um lanchinho no café no centro do jardim.









É complicado visitar tudo no mesmo dia, até porque nas épocas de calor, a seguir ao almoço é quase impossível andar em certas zonas, principalmente quem viaja com crianças. Nós aproveitávamos para ver o máximo antes do almoço, e a tarde era reservada para descansar na piscina. Para almoçar há restaurantes típicos com vistas sobre a cidade e bastante frescos. Quanto aos preços das refeições....há de tudo...mas no geral não são "pechinchas"...mas come-se bem!!
Para os posts não ficarem muito extensos....vou ficar por aqui...

A magia de Marrakech...

Estive 4 dias em Marrakech e deu para conhecer um pouco da realidade daquela cidade de cores intensas...a cidade está sempre em movimento, as pessoas bem dispostas e as cores sempre alegres e resplandecentes...
Fomos de Comboio de Casablanca até Marrakech, uma viagem de 3 horas e 10 minutos. Aconselharam a viajar em primeira classe, devido ao excesso de pessoas que utilizam a linha em segunda classe....sorte das sortes...quando chegamos a primeira classe estava esgotada...mas nem tudo é mau...arriscamos a segunda, e para nosso espanto não houve apertos e fomos muito confortáveis numa cabine para 8 pessoas, onde só ia-mos 5....a viagem fez-se sem complicações!!!

O Comboio:
 As paisagens durante a viagem:



Escolhemos um Hotel mesmo em frente à estação para ser mais cómodo, uma vez que iríamos regressar de comboio. O dia em que chegamos estava extremamente quente e ficamos logo chateados quando reparamos que o quarto não estava fresco. Ficamos no último andar do Hotel, que é óptimo em relação a barulhos, mas quando o AC não funciona, os quartos são bem mais quentes. O Hotel estava cheio e a primeira noite acabou por ser um pouco conturbada devido ao calor...mas digo desde já que nos dias seguintes o problema foi resolvido.

Aqui fica uma breve visão do Hotel:





E como todos repararam desta vez fomos acompanhados pela nossa pipoca, por isso tudo foi visto com calma e sem pressas...no próximo post mostro o que andamos a ver!!!

terça-feira, 6 de maio de 2014

O que perdemos...


Tenho dias que não consigo deixar de pensar no que vamos perdendo ao longo da vida....claro que novas coisas vão entrando e as outras ficam apenas nas lembranças.
Desde pequenos que nos acostumamos a desenvolver sentimentos de posse em relação a coisas, pessoas, animais e situações do quotidiano.
São o passar de escola em escola que nos faz ir conhecendo novas pessoas, novas vivências e onde aprendemos o que é a lei da sobrevivência na nossa "selva urbana".
A minha filha vai deixar este ano o infantário para iniciar a escola primária. Revejo os sentimentos dela nos meus. Quase todos os dias lamenta os amigos que vai deixar para trás porque ainda não têm idade para a acompanhar na nova aventura. Digo-lhe que vai encontrar novas amizades e que se vai divertir muito...mas consigo percebê-la perfeitamente....porque é que todas as pessoas que vamos conhecendo não podem ficar junto de nós?! É claro que as novas vivências que somos obrigados a encarar, trazem-nos novas pessoas para os partilhar...pessoas que estão mais integradas nessa realidade!! Seja em novas escolas, novos empregos ou até mesmo em novos países, existem pessoas que estão destinadas a partilhar a realidade do momento...
Felizmente há algumas excepções, e nem todos, apesar das experiências diferentes, seguem outros rumos!!! O dia a dia é diferente...o trabalho é diferente...os carros...os clubes...as comidas...quase tudo...menos o convívio e a amizade, esses permanecem apesar de tudo. Podem ser convívios pouco regulares mas todos compreendemos as dificuldades de cada um. Todos compreendemos quando um não está bem e tentamos ajudar da melhor maneira sem impor regras e sem criticas. Todos compreendemos quando algum de nós está sedento de um encontro e tentamos dar o nosso melhor, apesar do tempo ser apertado. Todos compreendemos quando um de nós faz disparates e até tentamos brincar com as situações. Todos compreendemos quando falamos uns dos outros, assim estamos sempre todos presentes. Todos compreendemos que todos têm defeitos, mas que acima de tudo não se perca o respeito.
De todas as casas que vamos passando ao longo da vida...dos carros que vamos mudando...as pessoas são as que deixam uma marca mais vincada....seja para o bem ou para o mal...
Eu pessoalmente não me considero uma pessoa que guarda rancor, e quem me conhece bem, sabe que é verdade...que quando me dou com alguém é para a vida, que abro logo a porta da minha casa...mas nem sempre há afinidades e só tenho que agradecer aos que vão ficando...aos que me continuam a ouvir, a dar-me carinho...o que eu tento retribuir da melhor maneira...
Não sou perfeita, mas se há uma coisa que gosto de fazer ao longo da vida, é achar explicações para certas situações...talvez seja um defeito....mas por vezes as teorias são tão diferentes que não há volta a dar!!!


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Mercado de trabalho...Ser Normal??



Já tive contacto com 3 realidades diferentes do mercado de trabalho...e começo a pensar quem são as pessoas e os comportamentos normais.
No mercado de trabalho em Portugal encontramos um pouco de tudo. Os que se esforçam, os que dão o mínimo do exigido, e os que estão pouco ralados para o posto de trabalho!!!
Já tive a sorte de trabalhar para empresas privadas e para o Estado, sem nunca ter sido funcionária pública. Chamo-lhe sorte, pois só assim posso fazer comparações na maneira de estar em cada um. Não é novidade nenhuma quando digo que achei as pessoas que trabalham para o Estado muito mais "relaxadas" no dia a dia, o famoso Job for life. Claro que há excepções e não quero ferir susceptibilidades. No privado tive a sorte de encontrar patrões exigentes e colegas trapaceiros, vingativos e de poucos escrúpulos...foi a minha escola de vida....foi onde aprendi que há pessoas más e que tenho de me defender...tive de crescer...tive de aprender a trabalhar e a defender os meus princípios!!
Outras das realidades que assisti foi em França, mais propriamente em Toulouse. Empresa Portuguesa com funcionários franceses, e alguns portugueses (maioritariamente filhos de emigrantes portugueses). Aqui só se fala em Sindicatos....e Sindicatos...e por fim os Sindicatos!! Antes dos deveres vêm sempre os direitos que me pareceram extremamente exagerados. Havia um funcionário que era o representante dos restantes no Sindicato, e que só por isso não trabalhava um dia por semana. Tudo era assédio...tudo era perseguição...os funcionários sabiam do muito poder dos sindicatos e acabavam por usá-lo em exagero para benefício próprio (o género dos portugueses a pedirem o livro de reclamação). Alguns funcionários tinham regalias como carro da empresa, telemóvel, casa,..., mas caso houvesse uma prova de mau uso desses benefícios, dificilmente a entidade patronal conseguia fazer alguma coisa, porque estava a perseguir o funcionário com acusações caluniosas.... as mães não trabalhavam uma tarde por semana porque tinham de brincar com os filhos. Não acho descabida esta medida, mas será que o objectivo era cumprido??? Duvido!!!
A última realidade, assisto de camarote. Não me encontro a trabalhar em Marrocos, mas como observadora que sou, consigo tirar as minhas conclusões acerca da maneira de eles estarem nos seus postos de trabalho. Pelo que vi na Internet a taxa de desemprego em Marrocos é por volta dos 10% mas a sensação que tenho, é que caso se perca um trabalho, rapidamente se acha outro. Claro que estou a referir-me a cargos pouco técnicos...mas é um povo muito difícil para trabalhar. Não têm método de trabalho, arrogantes, preguiçosos, e difíceis de acatar ordens ou directrizes de trabalho...parece mesmo que estão constantemente a boicotar o trabalho uns dos outros. Todos os dias têm de ouvir o que há para fazer, e tentam sempre dar a volta com esquemas pouco limpos, fazendo com que o objectivo final não seja totalmente cumprido...que é o trabalho feito em condições...não é pedir muito!!!
No comércio já estou super atenta aos trocos e preços. Quase diariamente temos o azar de encontrar alguém muito distraído que ou não dá troco, ou o dá indevidamente....e de seguida fazem aquele ar de distraídos que depois da terceira vez deixa de fazer sentido!!! 
Não sei se a pergunta faz algum sentido....mas serei eu que estou a ver mal de como se deve trabalhar?? 


terça-feira, 22 de abril de 2014

Filha da Liberdade....


Acho que esta frase explica muito do que se passa no nosso país. Estamos perto das comemorações do 25 de Abril de 1974, e aparecem desde há uns anos para cá várias "frentes" com palavras de guerra uns contra os outros. Uns porque lutaram pelo país (estavam a servir o país em 1974) e outros porque estão a tentar desenterrá-lo das más gestões que entretanto tivemos entre 1974 e os dias de hoje. Cada um tem a sua verdade, mas será que tentam compreender a verdade do seu designado "opositor"?! Acho que mais do que nunca, devíamos estar todos unidos e não de costas voltadas. Se houve um grupo de homens que deram a cara por uma revolução da conquista da liberdade, ainda bem para eles, e para todos aqueles que por cá andam. Mas ter liberdade não é só falar tudo o que se quer...há que preservar valores e ter respeito por toda a gente.
Com a minha liberdade digo que anda por aí muito boa gente à procura de protagonismo nas causas erradas. O 25 de Abril de 1974 foi há 40 anos. Trouxe-nos coisas boas e agora há que trabalhar com essas ferramentas. Foi feito muito disparate em 40 anos, e estamos agora a pagar por eles, por isso deveria ser criado um movimento no dia 25 de Abril de 2014, que garantisse que com a união de todos, iria-mos criar um Portugal melhor. Claro que tudo isto que acabei de dizer é utópico...mas será que não estamos rodeados de partidos políticos de utopia? É fácil contrariar as acções deste governo....mas e a bela da solução?! Onde está? Não nos podemos esquecer que o país está a passar uma fase de recuperação financeira sob a batuta da amiga Troika....sim...não é a amiga "Olga" que dava dinheiro...ou a chave...ou o que fosse!! A Troika não dá nada a ninguém, por isso enquanto for ela a "bancar", dita ela as regras. Já o meu pai dizia: "Enquanto morares cá em casa, e for eu a pagar as contas, eu é que mando!!" Acredito que tenhamos sido todos criados mais ou menos dentro destes moldes...porque é que agora custa tanto a perceber quem é que tem a batuta na mão?
Somos um país de "direcções" bem vincadas, salvo algumas excepções...se somos de esquerda nunca podemos aceitar as ideias de direita, e vice versa...o que na minha humilde opinião é errado!!! Caímos no ridículo de repudiar e não aceitar qualquer ideia que venha duma frente que não é a nossa. Se temos liberdade, temos de olhar para o que nos rodeia não só com espírito critico, mas também com espírito criativo e inovador.
Vamos tentar compreender as verdades de cada um e com elas trabalhar num futuro melhor...


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