segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Roça Agostinho Neto - São Tomé

Mais um fim de semana...mais uma voltinha...
Temos conhecido a ilha aos poucos, ao ritmo do leve leve. Quem já anda por cá há mais tempo, sabe que fazer planos por aqui, nem sempre é possível. Na altura de mais calor os fins de semana podem ser de chuvas torrenciais, e lá acabam os planos por ir por "água abaixo"...nesta altura da gravana, o tempo é mais propício a passeios sem ser pela praia.
Este fim de semana foi a Roça Agostinho Neto a escolhida.
Na época dos portugueses era onde se situava o maior hospital do país. Uma grande percentagem dos S. Tomenses nasceram neste hospital e ainda se consegue perceber a grandiosidade do local.


Hoje em dia a degradação salta bem à vista. Do outro lado das janelas há um vazio, há lixo, há toda uma era de histórias que deviam perpetuar no tempo com um mínimo de dignidade. Consegui imaginar como é que deveria ter sido há 40, 50 anos atrás...e deve ter sido fantástico...para a época claro!!
Infelizmente, do Hospital é o que se pode ver...uma bela entrada, imponente, que morreu com o passar dos anos. De frente para o hospital temos um jardim e uma casa onde ainda se fazem reuniões de gente importante. O jardim é rico com espécies de S. Tomé. Não está bem tratado, mas a natureza é bela só por si e acaba por ganhar pontos em relação às construções de tijolo. As árvores entrelaçam-se como se dali não quisessem sair, e tantas histórias que elas devem ter para contar.
Segundo o rapaz e os seus primos que nos acompanharam na visita, outrora haviam por ali: macacos, leões e raposas e haviam grandes festas. Os candeeiros de cristais saltam à vista em relação à degradação do resto. As jaulas dos animais estão vazias...e nessa parte até não me importo...mas é pena não se vislumbrar um ou outro macaco a saltar nas lianas que pudemos ver por lá. Não souberam contar muito bem as histórias que por ali se passavam, mas estes locais têm uma magia que é quase impossível a nossa imaginação não começar logo a funcionar.

Casa onde ainda hoje fazem encontros


 Crianças da Roça



Sala das recepções de "gente importante"



O lago do jardim



Palmeira para raios


Onde o Sr. baptizava os "empregados"


Árvores com arquitectura 


As Lianas



O interior de uma Pataca...não é comestível


O poço da casa e o túmulo do Sr.


As traseiras da casa de serviço


Jaca na árvore


Os locais chamam-lhe couves


Cola de Macaco



Umbu



Rabo de Raposa ;)


Casas dos locais


Escola de dança


Palmeira


Fruta pão


Vendedora de peixe seco e malaguetas


Malaguetas


As raízes da Roça


Onde beber um café de S. Tomé


O almoço...mas já fora da Roça. A caminho da praia do governador


 Peixe...Polvo...Choco...tudo fresquinho e assado na brasa



No Prato


Fruta pão assada na Brasa


As crianças brincam enquanto as mães assam o peixe


E assim acabou mais um Domingo por S. Tomé...venham mais...sempre em boa companhia :)

NOTA - Peço desculpa se o nome dos frutos estiver mal...entre o que nos foi dito, e o que pesquisei, foi o que me pareceu mais correcto. Caso contrário sintam-se à vontade para me corrigir ;)



terça-feira, 4 de julho de 2017

Geysers no Ilhéu das Rolas


A loucura mais molhada do fim de semana...foi a visita aos Geysers naturais no Ilhéu. Quem tiver oportunidade não deixe de visitar...é de uma beleza envolvente que só mesmo vendo ao vivo...



Nova aventura no Ilhéu das Rolas

Este fim de semana que passou lá fomos nós, mais uma vez, rumo a sul para passar o fim de semana no Ilhéu das Rolas. É sempre uma agradável surpresa olhar...e voltar a olhar para aquelas paisagens maravilhosas. Desta vez não fomos sozinhos e foi a loucura. O tempo estava ameno, mas agradável. É uma boa altura para fazer caminhadas pelo Ilhéu sem sentir o calor intenso que faz noutras alturas do ano. Eram 6 crianças no total. Um bebé patusco, uma marota de 2 anos que só queria andar ao colo pela selva dentro, e 4 pré adolescentes com ideias muito próprias e brincalhões. Assim se constroem boas memórias, e estas crianças já têm um bom rol delas para mais tarde recordarem. Aqui não há tempo para telemóveis, tablets e coisas do género. As brincadeiras passam pela piscina, praia e por grandes caminhadas na selva densa com trilhos difíceis. Para além das memórias das paisagens e das alegres conversas pelo dia todo e noite dentro, trazemos ainda uma boa dose de mordidas de mosquitos...que também faz parte da aventura.

Fomos os primeiros a chegar ao paraíso neste fim de semana de brincadeiras e convívio do melhor. As minhas crianças esperavam ansiosas pelos amiguinhos.




Água de Côco para todos


Por estes caminhos vou sozinha...


A Trupe reunida...só falta o baby ;)


Num dos trilhos



Animais pelos caminhos


A linha do Equador estava um sossego, até nós chegarmos...


Todos em Portugal...


Todos em S. Tomé...


Faltam os homens...baby incluído...que na sua bela calça de ganga parece mesmo um homenzinho miniatura :)


A trupe e a natureza


E assim se passou um belo fim de semana...um dia vou querer ouvir as histórias destas crianças e das aventuras que viveram em São Tomé. Eu presenciei, mas os olhos das crianças trazem magia aos locais...sempre a enriquecer corações!!!

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Pedrogão Grande

Agora que está o fogo apagado e as pessoas tentam voltar às suas rotinas, já posso falar das minhas memórias de Pedrogão.
Demorávamos umas belas horas a lá chegar. Tinha por lá um par de tias, um tio e um primo. Lembro-me das ruas de pedra e de todos irem à missa. Tinha uma certa dificuldade em saber se aqueles familiares eram da parte do avô ou da avó. Ouvi uma das tias dizer que era irmã do avô, mas depois tratava a minha avó por mana!!!
Estava quase sempre a chover e as pedras da calçada eram escorregadias. 
Sempre que lá íamos havia um grande almoço, já não me lembro o que comíamos, só que uma das tias corria freneticamente para estar tudo pronto às horas certas. A outra tia, mais pequena de estatura era mais parada, e vivia sozinha. Diziam que tinha tido um filho e um marido, mas nunca os conheci. O Tio e o primo conviviam contentes à mesa connosco naqueles dias em que os visitávamos. 
Lembro-me de um dia em que me vestiram um fato de anjo e me puseram num desfile na rua. Eu deixei, mas nunca percebi bem porque o fizeram. Na minha terra havia festas e eu nunca quis participar, imaginem a minha cara de contentamento por aqueles ruas empedradas de Pedrogão. Eu gostava de lá ir e ainda me lembro da casa da Tia Marquitas onde tudo parecia intocável. 
Hoje, já não temos as tias, mas os tios continuam na mesma casa. A tragédia não chegou à casa deles, mas chegou-lhes às terras e ao coração. Um abraço a eles...e a todos os que de alguma maneira sofreram com este trágico incêndio.


quinta-feira, 22 de junho de 2017

Langkawi

Langkawi...Já foi há muito tempo que lá estivemos.

Nunca escrevi nada acerca deste local. Não sei porquê!!!
Foi a minha primeira paragem por Kuala Lumpur, e a primeira vez que subi a um arranha céus com as borboletas do estômago todas mal dispostas.
Gostei muito desta viagem...aliás...decidimos nunca mais parar de conhecer a Ásia até termos tudo visto. Acredito que nunca iremos conseguir ver tudo...e assim, temos sempre desculpa para voltar milhentas vezes.
Já tínhamos ido a Bali com uma pequena paragem por Singapura. Perguntaram-nos um dia: Já conhecem Kuala Lumpur? Hummmm...a ideia ficou a martelar nos nossos neurónios viajantes.
Neste nosso primeiro contacto com Kuala Lumpur fomos às principais torres (Petronas e Menara), shoppings, China Town, Little India...e o resto serviu de desculpa para regressar mais tarde. (disponível noutros posts)
Seguimos para Langkawi. Gostamos de fazer as cidades primeiro para depois relaxarmos na praia das grandes caminhadas sobre alcatrão.
Decidimos alugar um carro, um Proton, marca da Malásia, uma verdadeira máquina. Foi uma aventura andar a conduzir do lado contrário ao nosso. Em Langkawi conduz-se à inglesa. Como o trânsito não era muito, decidimos arriscar. Nos cruzamentos todas as cabeças dentro da viatura tinham que pensar para onde tínhamos que virar...não tivemos nenhum acidente e foi tranquilo com muitas gargalhadas pelo meio.
Conseguimos visitar a ilha toda. No norte ficam situados os resorts mais caros onde geralmente os alojamentos são em regime de TI. As praias são mais limpas uma vez que acabam por ser praticamente exclusivas dos hotéis. A capital é Kuah, e é onde se vê mais movimento de pessoas, até porque é onde se situa o porto para entrar e sair da ilha de barco. Na capital também é o local ideal para fazer algumas compras. É uma zona de Duty Free e acaba por se encontrar algo que valha a pena. A grande e emblemática estátua da águia é um local obrigatório para tirar uma bela chapa...é como ir a Roma e não ver o papa.



Nós ficámos num hotel em Pantai Cenag. Mais movimentado mas nada de exagero. Gostámos muito da variedade de restaurantes que tínhamos à nossa disposição...um melhor que o outro. De todos os locais onde estivemos, foi onde comemos melhor, e onde os restaurantes eram muito bonitos e a preços muito acessíveis. Ainda em Pantai Cenang foi onde encontrámos uma loja onde fizemos a maior parte das nossas compras: Cafés e Chocolates. Tudo da Malásia. Até me está a crescer água na boca só de pensar nos inúmeros sabores de cafés e chocolates que eles tinham. A melhor parte é  que podíamos provar de tudo. Ahhh....também tinham chás, mas não me cativaram tanto!!!
O pôr do sol e a área envolvente ao hotel era simplesmente linda....verde...verde...verde...é a palavra que nos vem à mente quando pensamos neste destino...com a azul do mar ao fundo.





De um lado mar...e do outro montanhas




O pôr do sol fantástico



Um dos restaurantes


Havia pequenas ilhas à volta da Ilha de Langkawi. Dava para fazer passeios de Jet Sky e Parasailing sobre elas. Eram umas das atracções principais para quem ia passar o dia na praia.

Fizemos muitos passeios pelas estradas até encontrarmos verdadeiros tesouros da natureza. A nível de quedas de água, ficámos apaixonados. Choveu bastante nestas férias, mas nada que conseguisse atrapalhar as nossas aventuras. Só tínhamos que ter cuidado com os macacos que às vezes se atravessavam na estrada. Além dos trilhos que nos levavam às cascatas, conseguimos achar museus e réplicas de como vivia a família real.
Um dos principais locais a não perder é sem dúvida o teleférico e a Sky Bridge. Lá iam ficar as minhas borboletas todas de estômago revirado. Foi tão intenso que quis desistir a meio caminho, mas não era possível, teria mesmo que ir até ao fim. Existe uma paragem a meio caminho do teleférico para ver as vistas...mas ainda faltava passar de uma montanha para outra...ai...ai...e eu nem conseguia ver o chão. Foi uma tortura, mas hoje não me arrependo, e o mais certo se lá voltasse era ir outra vez!!! Uma vez lá em cima, mais uns trilhos para chegar à Sky Bridge. Aqui, assumo, só pisei o inicio da ponte e deixei o resto para os mais corajosos. O meu medo das alturas não me deixou avançar. 



A paragem no meio do percurso


A minha cara de apavorada....


A última passagem duma montanha para a outra a caminho da Skybridge


Apesar do medo, a vista é de cortar a respiração

Uma vez cá em baixo, existem muitos restaurantes e lojas de produtos locais. Almoçamos por lá, mais umas compras de souvenirs e o melhor foi o contacto com os animais.



Fizemos outro passeio à famosa ilha da Pregnant maiden. Não deixem de lá ir e ouvirem vocês mesmos a lenda. Dá para tomar banho num lago enorme, fazer Fish feedind com uns peixes enormes que mais parecia que nos iam engolir um pé, e apreciar a paisagem. Cuidado com os macacos, são uns destemidos e podem mesmo ser perigosos. No caminho podemos apreciar outras ilhas com formatos fáceis de identificar, como exemplo a cabeça de Índio e o Crocodilo.






O Kilim Geoforest Park é outro local obrigatório visitar. Eu, com muita pena minha, fiquei no hotel com varicela....quem é que vai para a Malásia ter Varicela??!! Isso mesmo...euzinha da silva...mas o maridão tirou fotos e contou tudo..tudo..
No fundo é um passeio de barco pelo rio onde se pode ver bem de perto a fauna e flora presente na ilha. Muitos morcegos e muita macacada faziam parte do trajecto.


As minhas testemunhas do que eu não pude ir ver pessoalmente


No fundo Langkawi, na minha modesta opinião, é uma ilha para ir à descoberta. Os turistas são essencialmente muçulmanos, mas isso não nos inviabiliza de fazer nada do que queremos. A única diferença é que vão ver pessoas vestidas na praia e piscina. No nosso hotel havia uma piscina só para mulheres, foi a primeira vez que vimos. Deixo-vos mais algumas fotos que confirmam a beleza da ilha.















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